quarta-feira, 25 de julho de 2012

RECOMEÇO

Parar as engrenagens da mudança é mais difícil do que colocá-las em movimento. A vontade de mudar foi se instalando na minha mente e hoje estão entranhadas até a alma. A cada dia cresce a certeza de que é preciso renovar, recomeçar.

Há mais de 10 anos como jornalista percebo que, por mais incrível que a profissão me parecesse no início, hoje a vida ao vivo me interessa mais que a gravada em HD. Quero ter mais tempo pro dia e pro fim de semana. Quero feriado e passeio com meus cães aos domingos... quero ver a minha família com mais frequência...e encontrar alguém pra chamar de meu amor.

O primeiro passo, e sei que é só o primeiro de muitos, já foi dado. Comecei há cerca de um mês um cursinho preparatório para um concurso público. Não tenho a ilusão de que ser funcionária pública vai resolver todos os meus problemas. Mas, colocando os prós e os contras na balança, entendi que pode ser uma chance: uma chance pra ganhar melhor e me programar pra uma velhice mais saudável e mais feliz.

Apesar das dificuldades, voltar a estudar tem sido prazeroso (tirando a matemática, que realmente, não me pertence). E a perspectiva de ter um salário razoável abre as portas pro sonho. Ou melhor, pra muitos sonhos: uma casa com quintal...um carrinho...e mais tarde um negócio próprio.

O caminho é longo, mas a visão do fim dele me anima. "Bora" recomeçar a sonhar e a escrever aqui no Divinas também!!!

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3 Comentários:

Blogger tássia disse...

Nina, seu desejo encaixa-se perfeitamente aos anseios de um punhado de gente que conheço, inclusive eu mesma. Essa dificuldade de conciliar qualidade de vida com trabalho, e ainda com uma remuneração satisfatória é, sem dúvida, um grande desafio. Um desafio possível de realizar, tenho certeza.

A única ressalva que faço é com relação ao caminho escolhido. Percebo uma tendência geral de nós, brasileiros assalariados, cansados da instabilidade nas empresas privadas, além da baixa remuneração, concorrência e tudo mais, elegemos os concursos públicos como a solução dos nossos problemas. E assim temos uma onda gigantesca de milhares de pessoas (não só de comunicação, mas de todas as áreas) estudando e se sacrificando para garantir uma concorrida vaga na calmaria do Estado ou da Federação. Uma vaga que nem sabemos se existe de fato, porque tem gente que passa e fica anos sem ser chamado. E tem gente que nem estuda e passa. Ainda assim, vamos considerar que continua sendo uma escolha louvável.

Agora pergunto: e a frustação de não passar após anos de estudo, e a vida não vivida, o dinheiro e suor investido nos livros, apostilas, aulas? Não seria um enorme desgaste também? Ok, mas a remuneração compensa o risco, responde a maioria. Insisto: e depois que a vaga for conquistada,as dívidas forem pagas, o carro e a casa comprados, não há de surgir o enigma da frustação por estar executando uma tarefa, digamos, medíocre ou que, simplesmente, não nos remunera em essência? Não seria esse um futuro grande problema? "Pelo menos terei dinheiro para pagar o analista e pra viajar. Melhor soferer em Paris", respndeu-me recentemente uma amiga.

Claro que são muitas as respostas, condicionantes e particularidades a serem ponderadas. Talvez o melhor caminho para alguns (os estáveis) realmente seja o concurso público. Mas para outros (os inquietos) tenho certeza que não.

Sei que meus questionamentos não passam de uma provocação. Mas é que percebo que, diante de decisões como esta, é preciso enxergar um pouco além. Quem foi que excluiu a possibilidade de alcançar estabilidade financeira fazendo o que gosta? Quem foi que disse que não é possível? Quem?

Talvez tenha sido a taxa celic, o Banco Central, a alta do dólar, a quebradeira européia. Talvez tenha sido os donos dos cursinhos para passar em concurso (sim, é uma indústria que sobrevive a base de mensalidades exorbitantes). Talvez tenha sido nossos pais reocupados com nossa aposentadoria. Mas talvez sejamos nós mesmos os primeiros a desistir dos nossos sonhos. E pior: os primeiros a sequer se permitir a sonhar.

Portanto, minha cara, talvez a vaga no concurso seja a melhor solução para vc. E, se assim for, vou torcer para que passe logo, de primeira! Depois compre uma passagem pra Bahia, pra comemorar :)

Só não esqueça que o objetivo inicial é viver melhor, viver bem, com qualidade e autoestima. E pra viver melhor, cá com meus botões, preciso mais que uma estável (e boa) remuneração. Fazer o que gosto e ser bem paga por isso é moeda indispensável nesta troca.

25.7.12  
Blogger Marina disse...

Tássia, já pensei como você. Por isso levei anos pra tomar a decisão, que esteja certa, foi muito bem pensada. E quanto a fazer o que se gosta...bom, já deixei de gostar do jornalismo, especialmente da produção há tempos...cansei das ilusões. Quero ter dinheiro pra ter a vida que eu mereço. Além disso, quem garante que não vou gostar do meu trabalho quando passar num concurso?

26.7.12  
Blogger tássia disse...

Com certeza, vc tá certa!
estou fora das redações desde 2008 e não sinto falta. pelo contrário, é um alívio.

há um mundão de coisas interessantes pra fazer que não seja jornal, tv, assessoria, campanha etc. e é bom lembrar que tem gente que fica rico vendendo pastel. depente do potencial de realização de cada um.

26.7.12  

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