Trinta e poucos
Outro dia mesmo fiz trinta anos e veio a crise. Crise de achar que com trinta a minha vida deveria estar resolvida: casada, com um filho (ou grávida, ou planejando engravidar...), num emprego que me fizesse feliz e que me pagasse bem, com um carro, uma casa (ou planejando ter uma), etc, etc, etc.
Bom, aos trinta e dois ainda estou solteira e sem namorado. Sem filhos. Sem gravidez. Um emprego bacana, mas que não me faz mais feliz. Sem carro. Pensando em financiar um apê.
Aos trinta e dois há muitos casamentos: dos amigos e dos parentes. O nascimento dos filhos dos amigos e dos parentes. Incrível como todo mundo faz essas coisas aos trinta e poucos anos. Deve ser o tal do relógio biológico... Se bem que o meu pode despertar a vontade. Não há pretendentes a marido ou a pai.
É complicada essa idade em que não se tem vinte e poucos e a vida pela frente. Mas que também não se tem quarenta e poucos e muito da vida conquistado.
Estou aqui tentando, juro, encontrar coisas divertidas e positivas dos meus trinta e poucos. Bem, tem....tem.....há, sim! Independência financeira. Ainda que isso queira dizer que eu mesma sou responsável pelas contas que não consigo pagar rsrsrsr. Tem também liberdade sexual, ainda que gorda praticamente não tenha vida sexual rsrsr.
Mas falando seriamente, há de positiva essa enorme consciência de quem eu sou, do meu tamanho, dos meus desejos, do que me faz feliz. Aos trinta e dois ela se apoderou de mim e não há como voltar atras. Eu sei que quero trabalhar naquilo em que acredito; sei que a maior riqueza de acumular anos é acumular experiências; sei que quero voltar a acreditar no amor e encontrar um amor; sei que a vida passa rápido, mas não tão rápido que a gente não possa parar pra admira-la.
Marina Victal
(nova Nina Rosa)
Marcadores: Marina Vital, Nina Rosa
3 Comentários:
que bonito!
Gostei disso aí! Beijos
Lindo, Nina!
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