segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pelas bandas do Uruguai (IV)

Ruas de Colonia del Sacramento, a 150km de Montevideo
Impressiona no Uruguay a quantidade de peças antigas bem conservadas. Os carros e principalmente as pessoas - em outro post falarei sobre as construções. Com população predominantemente idosa, é comum ver nas ruas de Montevideo diversas senhoras e senhores caminhando com passo firme, seguindo de volta para casa com sacolas de compra ou a caminho de uma praça ou café ou simplesmente em um passeio relaxante no fim da tarde na Rambla, a beira do rio da Plata. De toda a América Latina e Caribe, o Uruguay possui a população mais envelhecida em termos proporcionais - 17,3%. Seguido por Cuba (15,4%), Argentina (13,6%), Chile (11,5%). O Brasil (9,3%) se situa em um grupo intermediário ao lado de Panamá, Costa Rica, Equador, México, Peru, Venezuela, El Salvador, Colômbia e República Dominicana, segundo informa a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). É nítida a impressão de que os uruguaios vivem mais que nós, brasileiros. E os números confirmam. A expectativa de vida das mulheres é de 80 anos (três anos a mais que as brasileiras) e a dos homens 73 anos (seis anos a mais). Tal fator deve estar diretamente relacionado a qualidade de vida, já que o Uruguay possui o terceiro melhor índice de desenvolvimento humano da AL - 0,852 contra 0,800 do Brasil. Curioso é que os mais velhos não só vão a pé: também seguem de carro. No trânsito, é possível ver modernos Citröen e recém lançados modelos da Ford ou GM, além de uma série de preciosidades anos 40, 50, 60, 70 difícil de entender como resistem ao tempo funcionando tão bem. Na Ruta 5, estrada que liga Montevideo a Colonia del Sacramento, nossa Toyota modelo 2006 foi ultrapassada por uma caminhonete Ford anos 60, vermelha. Vibração geral no carro, uma pena não ter feito a foto. Fora isso, durante toda a viagem vimos diversos de modelos que nos chamaram a atenção. A impressão que dá é que o Fusca 72 azul e branco, fuzelagem cromada, foi o único veículo comprado por aquele senhor que ao conduziu até a porta de casa. Uma sociedade que preserva o que tem, que sabe dialogar com o novo sem descartar o antigo, mantendo em uso até o dia que dure. Meu pai tá aqui lembrando que eles não têm salitre, a maresia não corrói os carros. Tendo uma boa conservação por parte dos donos, de fato, duram mais tempo.
Supermercado na av. Itália, próximo ao Museu de Ciência e Tecnologia
Carrasco: bairro residencial
Colonia del Sacramento
fotos © 2009 Tássia Novaes no próximo post portas e janelas do Uruguay

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2 Comentários:

Anonymous Carminha disse...

Há exceções ... Diga a teu pai que na garagem do prédio da minha amiga tem 2 fuscas 72. Um, tá acabadinho, mas o outro, é um azul clarinho, em perfeito estado! Parece carro de brinquedo!

9.6.09  
Anonymous Paulo Pêpe disse...

Caramba,eu um dia vou fazer umas viagens dessas e com certeza irei fotografar tambem.

24.6.09  

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Não usa pretinho
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coluna tranqüila
e coração ereto






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Lambe cria






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Paula Bolzan






Nívea Bona
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Vem pro abraço






Marina Victal
Mineira apresenta armas
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