quarta-feira, 3 de junho de 2009

A GLOBO, O RAJ e Cia.

Depois de moooito, moooito tempo mesmo, vi o Jô, por causa do ator Rodrigo sei lá o quê, mais conhecido como “que homem...!!!” [Lombardi? Ô Lombardi ... qui qui é isso????] mas também pela Índia.
A Índia. Se você chegou no ponto em que depois da quarta dose de uísque escocês, fica com aquela sensação de vazio... sente que ainda falta alguma coisa na vida... bom, pode ser hora de conhecer a Índia. Se bem que da minha turma poucos chegaram ao status do blend e naquele tempo “droga sintética” era alguma coisa feita de plástico que não prestava pra nada. Mesmo assim, no meio do caminho entre Arembepe e Tibete, depois das Diretas Já, fui pra Índia. Aguardem lançamento do livro. Na Índia não é tudo barato. É tudo sem preço. Sem definição de valor. Coisas com um custo irreconhecível até pra nós - pobres desse terceiro mundo. No primeiro almoço, éramos 14 na mesa. Comida de monte. Pães e molhos pra vinte dias. Arroz, macarrão, legumes e aquele monte de coisa que a gente não sabe o que é, e bebidas e sobremesas. A conta: “trocentas” rúpias. Parecia que estávamos comprando um carro zero. O guia traduz: 9 dólares. Como assim? E passamos a viagem toda com um papel tentando anotar o que um devia pro outro. Fatos soltos: - Pergunto o preço de um leque [abano, ventarola] feito a mão, de palhinha, todo trabalhado. Uma obra de arte. How much? Five. E eu fico assim... Com aquela cara de Mané... pensando... Five... Five o quê?... dólares? Não pode... Five rúpias?... E quanto é Five rúpias?... O guia me salva: Five cents. Comprei um, que o guia pagou porque eu ia demorar muito pra encontrar esse dinheiro na bolsa. Eu tinha, mas não sabia o que era. E quase apanhei do grupo porque não comprei 50. - Uma saia indiana maravilhosa custa cents também. - O sari, com seis metros de tecido da mais deliciosa e pura seda, 10 dólares - isso em loja chiquerésima. - Os xales - que eu adoro - na rua custam de 5 a 7 dólares – de lã leve e pura. As pashminas são mais caras. Uns 20, 30 dólares. - Comprei camisas de seda [também vendidas em araras na rua] por um dólar. - A miséria indiana está em quem faz. Mão de obra mais do que barata, mão de obra escrava. Na garagem das “casas de veraneio” dos indianos vêem-se helicópteros [no plural tá?]. Não estamos muito distantes disso não, mas essa é uma história que fica para outra vez... Pergunto pro guia onde encontro os milionários da vida, em que lugar eles jantam... [euzinha cheia de boas intenções] e o guia responde: em Paris.
- Antes de viajar, vi aqui em uma loja um belíssimo colar indiano. O preço: 60 dólares. Contei as voltas do colar: 60 – e brinquei com a vendedora: 1 dólar por volta. Na Índia, procurei pelo colar. Nada. Último dia de viagem. Nova Deli. Faltavam algumas horas para o embarque. Vamos ali, numa feira. Ca-la-ro... Lá estava o colar... Quero dizer, os colares. Dezenas dele numa parede. Não... Eram centenas dele... Nas três paredes de uma coisa que media 2 por dois e que tinha as 3 paredes cobertas e recobertas de miçangas de todas as cores – do mesmo tamanho – que juntas, formavam trocentos dos colares dos meus sonhos aqui transformados em pesadelo. O lugar era um cafofo. Um muquifo escuro e apertado. Tive vontade de cuspir em cada um dos infinitos colares. Sentada num tamburete, uma velha de cabelos brancos com cara de índio subnutrido nem aí pra mim. Pergunto: How much? E ela sem se mexer: One dólar. Pego do bolso da calça jeans uma nota de dólar mais por obrigação do que por qualquer outro motivo e aponto com o dedo um dos colares. Está aqui. Se quiser, um dia te mostro. Mas se você quiser comprar alguma coisa da Índia, sem pagar o preço carissimo da passagem, experimente o Mercado Livre.com. Jogue na busca “indiano” e você vai encontrar escova progressiva, gaiola de passarinho, vaso, lego, facas, elefantes, almofadas, sinos, vestidos, batas, selos, revistas, DVDs, além de saris por 400 reais, saias por 60 reais, colares por 300 reais... tudo resultado do Padrão Globo de Mundo.
Se você correr, dá tempo de comprar o chicote do Indiana Jones [autêntico, claro] porque o chapéu eu já comprei.
Ah! O Rodrigo... o ator “que homem...!!!” só indiano mesmo. Ao natural ahcei fraquinho... fraquinho...
E o Jô a mesma merda.
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3 Comentários:

Anonymous a repórti disse...

Tá parecendo uma série editoral: "Divinas no mundo".
Muito chique esse negócio.
Só eu que não vou pra canto nium!!!! arrrrr


P.s.: Minha mãe viu Raj em algum programa tb (nao foi o Jô) e disse que é fraquinho mesmo.

3.6.09  
Blogger Dorotéia Sant'Anna disse...

Isso é coisa de patroas, repórti!

3.6.09  
Blogger Ari disse...

Are baba, meninas! Vcs só falam no tal do Raj. Pertinho de vcs tem alguem com 3 letras também e bem mais interessante. Atcha!

7.6.09  

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