segunda-feira, 30 de junho de 2008

ÁFRICA [Denis]

Che Guevara foi ao Congo um tempo depois da vitória em Cuba [existem várias versões para justificar a ida dele à África, mas no momento isso não importa]. Só acho que não mudou muita coisa da África de Che. Pior. O que mudou, escolheu o lado errado.
Devemos ficar tristes como Che ficou na África.
Na África Che Guevara pode constatar os efeitos da ignorância patrocinada por séculos de colonialismo e exploração desmedida.
Che partiu para a África para promover a libertação de povos dominados e explorados por países imperialistas, através da guerrilha.
Em Abril de 1965 Che e vários Cubanos chegaram ao Congo. Che usara o codinome Tatu.
O governo do Congo - depois do assassinato do líder Lumunba - mantinha o país numa situação neocolonial onde empresas Belgas e Americanas dominavam praticamente tudo. A primeira impressão de Che, quanto as tropas rebeldes, foi a pior possível. Os Congoleses eram indisciplinados e mau comandados. Outra surpresa foi a descobrir a crença generalizada em feitiçaria e dawa (corpo fechado).
Meses depois de sua chegada Che enviou alguns de seus homens para relatar o que se via em duas frentes rebeldes Congolesas. Os relatórios confirmaram o que ele já havia notado anteriormente e mais: os rebeldes Congoleses forçavam os camponeses a lhe fornecerem comida - um desastre total.
Che era obrigado a lidar com homens que tinham pouca formação política, quase nenhuma noção de missão e ainda menos espírito de luta.
Três meses depois, ele ainda não havia se encontrado com Kabila o líder Gongolês e a essa altura, os cubanos estavam insatisfeitos com a falta de "ânimo" dos congoleses que pareciam não querer ganhar a "guerra". No dia 24 de outubro o acampamento de Che foi invadido por tropas do governo. Che e seus camaradas bateram em retirada. No dia 18 de novembro Che avisou que estava batendo em retirada.
Em todos os seus relatos, transformados em um livro que durante muito tempo ficou escondido e bem guardado por sua mulher Aleida March e por Fidel Castro - a tristeza e a decepção estão presentes. O livro é um verdadeiro lamento de um homem que de repente se vê no meio de uma guerra que só ele queria, num país totalmente estranho e ao lado de um povo que simplesmente não queria lutar. Um povo totalmente ignorante e desinteressado em mudar as coisas, conformado com a miséria e o lixo com o qual conviviam. Che lamenta a ignorância fabricada e alimentada, a falta de interesse e o alto índice de delatores e desertores.
O Livro foi publicado recentemente e se chama Passagem da Guerra Revolucionária: Congo (Editora Record).

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2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

que história!
quero esse livro pra mim. deu sede de leitura.

30.6.08  
Blogger tássia disse...

essa foto é demais.

30.6.08  

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