sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Milagre de Natal contado em pleno janeiro

A grana estava curta. Mas o menino tinha feito o pedido. Não pra ela, mas para o Papai Noel. A mãe do menino lhe contara: ele rezava todos os dias e pedia pelo cachorrinho. Pelo filhote, como ele dizia. Ela achou que era justo compra-lhe o bichinho. E em pleno 23 de dezembro fez milhões de ligações até achar o presente. Tinha que ser pequeno, e lindo. Que nem o afilhado. Mas não podia ser caro. Encarou ônibus, atravessou a cidade, negociou e voltou com o cãozinho marrom pra casa. Como ainda era 23 e Papai Noel só aparece na noite do 24 o bicho ficou no quartinho dos fundos. Escondido. Esperando a grande noite. O menino chega de viagem. E como se soubesse da presença dele o cachorro late alegre. Os olhos do menino brilham: - Tem filhotes aqui? A madrinha desconversa: - Hã? Tem o que? - Filhotes! Eu ouvi um latido!!! - Não... não tá ouvindo latido não. E decidida a entrar na fantasia do menino completa: - Tô ouvindo é um barulhinho de trenó. Você não? E o destino (ou Deus ou o Papai Noel - quem é que sabe ao certo?) resolve mandar uma brisa que balança o mensageiro do vento no quintal. E o menino fica maravilhado: - Tô sim, madrinha! Tô ouvindo o trenó sim!!! E corre em direção ao som. E mais uma vez o acaso(se é que ele existe) tinha feito com que levassem a árvore de Natal para o quintal. Ela precisava de uma limpeza. Enfeites e bolinhas estavam no chão. Em frente à porta do cãozinho. O menino não precisa de mais nada para ter certeza: - Madrinha, o Papai Noel esteve mesmo aqui! Olha!!! Mas menino de hoje, mesmo aqueles que acreditam em Papai Noel, não é nada bobo. No instante sequinte ele lança a dúvida: - Mas, espera aí ...por que ele veio mais cedo? A madrinha, em pânico, arregala os olhos e vasculha o pensamento em busca de uma justificativa. Mas é o menino que se lembra dela: - Já sei, madrinha. É que esse ano eu fui muuuuito bom! A história aconteceu com uma amiga de trabalho. Como adoro cães eu ajudei a encontrar o poodle toy para o afilhado adorado. E ela veio me contar o final. Ela explica que nem todo dinheiro do mundo valeria a carinha de alegria da criança ao abraçar o cachorrinho. E eu fico pensando que a gente precisa acreditar mais na vida. Que nem o menino. E mais: precisamos acreditar que merecemos tudo de bom que ela tem. Porque fomos bons. Porque somos bons. ; ; ;

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1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Isso é que é história boa! Que 2008 seja cheia delas.

11.1.08  

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