Desabafo: que lugar mais parado no tempo é esse da escola...
Desculpa, mas esse texto vai ser escrito com um pouco de raiva. Ou um monte dela.
Há tempos estamos vendo vídeos de consultores famosos, de motivadores, de professores de universidades como Harvard apontando sobre o quanto a escola anda atrasada no seu modelo de funcionar frente a todas as outras instituições. Livros já foram escritos sobre isso.
Cansei, quando trabalhava na universidade, de participar das mesmas monótonas semanas pedagógicas (para professores!) com apresentações sofríveis feitas no power point, que duravam mais de 3 horas e eram a coisa mais sonífera da face da terra. A ironia estava no assunto dessas apresentações: como deixar nossas aulas mais dinâmicas. Eu ria. E chorava, também, com a desgraceira que é esse nosso jeito de renovar as coisas. Ou de manter tudo como está.
Na escola, ainda mais, a gente carrega o que conhece e o que domina como nossos "feudos" e quando vem alguém propor algo diferente, os primeiros a resistirem são exatamente os professores.
Aliás, eu preciso registrar aqui que uma rara exceção dessas semanas pedagógicas eternas teve a intervenção de uma professora que dividiu os outros professores em grupos e aplicou as dinâmicas sugeridas para a sala de aula. Isso deve ter sido há uns bons 12 anos e eu ainda me lembro tanto dela, quanto da dinâmica, quanto até do lugar onde eu estava sentada naquela sala.
É simples e está mais do que provado pela ciência: quando temos prazer na atividade, a gente aprende mais rápido!! Por que a escola insiste em apontar que aquilo que é maçante, sonolento, formal e quadrado ainda é o melhor para os alunos?
Minha revolta vem do recebimento dos pareceres de dois livros didáticos que escrevi. O primeiro livro teve essas críticas enviadas há uns três meses e o segundo, que acabei de receber, as mesmas críticas: muito coloquial. Não sei quem são os pareceristas, mas gente mesmo da área, imagino, porque a editora não buscaria qualquer um.
Quando expressei, no livro, críticas que faço em sala de aula à nossa profissão, os pareceristas subiram nas tamancas. Como assim criticar os colegas?
O texto que fiz absolutamente dialógico, brincalhão e solto, mas com o conteúdo necessário, foi criticado como "muito informal, o que pode comprometer a credibilidade do material"...
Sério mesmo? Sério mesmo que não é possível tornar o conteúdo mais leve, divertido, trazer os vocábulos do alunado para a publicação? Sério mesmo que a gente vai fazer dormir aquele aluno que trabalha o dia inteiro e estuda de noite, se esforçando ao máximo para prestar atenção? Sério mesmo que ainda vamos nos manter nesse pedestal de salameleques da academia que traz uma afetação desnecessária?
Olha, não tenho dúvidas que, dessa maneira, a escola continuará a ser o lugar mais atrasado da nossa sociedade. Sabe o quê? Estou vendo até a igreja católica, como instituição, passando na frente da escola no quesito modernidade. Com esse papa Francisco e suas ideias? Não duvido nada!
Vai vendo...
Há tempos estamos vendo vídeos de consultores famosos, de motivadores, de professores de universidades como Harvard apontando sobre o quanto a escola anda atrasada no seu modelo de funcionar frente a todas as outras instituições. Livros já foram escritos sobre isso.
Cansei, quando trabalhava na universidade, de participar das mesmas monótonas semanas pedagógicas (para professores!) com apresentações sofríveis feitas no power point, que duravam mais de 3 horas e eram a coisa mais sonífera da face da terra. A ironia estava no assunto dessas apresentações: como deixar nossas aulas mais dinâmicas. Eu ria. E chorava, também, com a desgraceira que é esse nosso jeito de renovar as coisas. Ou de manter tudo como está.
Na escola, ainda mais, a gente carrega o que conhece e o que domina como nossos "feudos" e quando vem alguém propor algo diferente, os primeiros a resistirem são exatamente os professores.
Aliás, eu preciso registrar aqui que uma rara exceção dessas semanas pedagógicas eternas teve a intervenção de uma professora que dividiu os outros professores em grupos e aplicou as dinâmicas sugeridas para a sala de aula. Isso deve ter sido há uns bons 12 anos e eu ainda me lembro tanto dela, quanto da dinâmica, quanto até do lugar onde eu estava sentada naquela sala.
É simples e está mais do que provado pela ciência: quando temos prazer na atividade, a gente aprende mais rápido!! Por que a escola insiste em apontar que aquilo que é maçante, sonolento, formal e quadrado ainda é o melhor para os alunos?
Minha revolta vem do recebimento dos pareceres de dois livros didáticos que escrevi. O primeiro livro teve essas críticas enviadas há uns três meses e o segundo, que acabei de receber, as mesmas críticas: muito coloquial. Não sei quem são os pareceristas, mas gente mesmo da área, imagino, porque a editora não buscaria qualquer um.
Quando expressei, no livro, críticas que faço em sala de aula à nossa profissão, os pareceristas subiram nas tamancas. Como assim criticar os colegas?
O texto que fiz absolutamente dialógico, brincalhão e solto, mas com o conteúdo necessário, foi criticado como "muito informal, o que pode comprometer a credibilidade do material"...
Sério mesmo? Sério mesmo que não é possível tornar o conteúdo mais leve, divertido, trazer os vocábulos do alunado para a publicação? Sério mesmo que a gente vai fazer dormir aquele aluno que trabalha o dia inteiro e estuda de noite, se esforçando ao máximo para prestar atenção? Sério mesmo que ainda vamos nos manter nesse pedestal de salameleques da academia que traz uma afetação desnecessária?
Olha, não tenho dúvidas que, dessa maneira, a escola continuará a ser o lugar mais atrasado da nossa sociedade. Sabe o quê? Estou vendo até a igreja católica, como instituição, passando na frente da escola no quesito modernidade. Com esse papa Francisco e suas ideias? Não duvido nada!
Vai vendo...
4 Comentários:
Primeiro: gente que tem qeu ser chamada de "parecerista" não deve parecer nada de bom.
Segundo: culpa da academia....kkkk.... que parece a escola de psicanálise que perpetua coisas normas formatos etcc etcc etc...
Naõ desiste nãoa tá?
Que tal uma "vakinha" pra editar esse livro "muito informal"??? Bora!
Ah, De, foda viu?
Sim, vamos fazer algo que tenha muito de prazer. Pq de maçante já tô cheia!
Bora lá!
Bora trocar de editora, Nívea!!!
E de pareceristas, né?
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