Sobre mães, meninos e partidas
A cena se repete pela segunda vez. Os três "mosqueteiros" novamente se uniram na dor de cada um para levar o féretro até a morada final. Silenciosos, solidários, unos.
Eram meninos quando se reconheceram e tornaram inseparáveis. Tinham seis ou sete anos. Foram heróis, bandidos, aventureiros, cientistas, desenhistas, costureiros, cozinheiros, criadores de hámsters, de cães, recolheram filhotes de gatos abandonados nas ruas e os trouxeram para casa, temeram fantasmas, odiaram a escola, jogaram rpg, acamparam, enfrentaram as turbulências da adolescência - ora juntos, ora cada um por si -, tomaram diferentes rumos profissionais, trocaram de cidades, tiveram namoradas, outros amigos que ficaram, outros que passaram. Mas entre eles, a cada reencontro, o tempo pára. Nestes momentos, para mim, é como voltar atrás, celeremente, e vê-los como meninos aos 30 anos. Meninos que precisam enterrar suas mães. Meninos com o afeto ceifado pela lógica cruel do viver e ver morrer os que lhes são caros. Meninos atordoados pela perda nunca esperada, embora sabida.
De repente, uma cena se desenrola, aleatória, em minha mente. Os vejo homens adultos, já maduros, mais uma vez carregando uma mãe para a sua morada final. Duas já foram. A próxima, será a minha vez.
Eram meninos quando se reconheceram e tornaram inseparáveis. Tinham seis ou sete anos. Foram heróis, bandidos, aventureiros, cientistas, desenhistas, costureiros, cozinheiros, criadores de hámsters, de cães, recolheram filhotes de gatos abandonados nas ruas e os trouxeram para casa, temeram fantasmas, odiaram a escola, jogaram rpg, acamparam, enfrentaram as turbulências da adolescência - ora juntos, ora cada um por si -, tomaram diferentes rumos profissionais, trocaram de cidades, tiveram namoradas, outros amigos que ficaram, outros que passaram. Mas entre eles, a cada reencontro, o tempo pára. Nestes momentos, para mim, é como voltar atrás, celeremente, e vê-los como meninos aos 30 anos. Meninos que precisam enterrar suas mães. Meninos com o afeto ceifado pela lógica cruel do viver e ver morrer os que lhes são caros. Meninos atordoados pela perda nunca esperada, embora sabida.
De repente, uma cena se desenrola, aleatória, em minha mente. Os vejo homens adultos, já maduros, mais uma vez carregando uma mãe para a sua morada final. Duas já foram. A próxima, será a minha vez.
2 Comentários:
Ai meu Deus, Ro! Só agora que li. Que aperto que me deu!
<3 <3 <3...doído não, Nívea? C´est la vie!
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