segunda-feira, 29 de junho de 2015

Quem protege quem?


Eu não sei dizer quando começou exatamente essa coisa da proteção animal.

Tive cachorro na infância e na adolescência. Mas talvez tenha começado mesmo com o Marco. Marco Antônio. Um Cocker louco que bateu na porta da minha casa e que acabei adotando depois de não encontrar sua família.

Ele seguiu comigo pro meu primeiro emprego na capital. Era louco. Às vezes mordia as pessoas sem o menor motivo aparente. Mas me ajudou a sair do poço mais fundo em que já estive: a depressão.

Quando o Marco morreu minha irmã já era voluntária numa Ong. E eu já sabia que não saberia viver sem um cão ao meu lado. E se o Marco foi a força pra sair da depressão, a Nina, vira-latas adulta que adotei logo depois da morte dele foi a calmaria depois da tempestade.

Essa menina doce com uma mancha linda num dos olhos me apresentou à proteção animal. Como é que podia a cadela mais perfeita do mundo ter morado tanto tempo na rua e depois tanto tempo num abrigo? Quantas Ninas ainda não estavam perdidas em busca de suas Marinas no mundo?

Depois dela vieram Judith e Alanis, adotadas pela minha irmã. E nos transformamos num bando, com mais caninos que humanos. Eu, minha irmã e nossas três filhas. Foram muitos sofás, almofadas, camas, sapatos (chinelos, então!), roupas, fios de computador...tudo devidamente destruído por dentinhos afiados.

Mas meu amor por elas cresceu na proporção inversa à bagunça. Não sei explicar o porquê. Assim como não sei explicar a transformação ocorrida nos meus olhos e no meu coração. Depois delas eu nunca mais pude ignorar um vira-latas na rua. Já foram muitos resgatados: levados ao veterinário, cuidados, vacinados, colocados pra adoção. Sempre um de cada vez, graças a Deus (porque meu São Francisco sempre soube que cão e quando coloca-lo no meu caminho) foram sendo ajudados; nem que fosse pra que tivessem uma morte mais digna, sem dor, quando não havia mais  o que fazer....Fred, Camões, Clara, Vitória, Ruivo (meu menino lindo que ainda espera adoção num lar temporário). Cada um deles me trouxe uma dose imensa de amor. Cada um que chega me mostra que tenho amigos lindos ou me traz novos amigos, dispostos a ajudar: doar tempo, dinheiro, ração...comprar uma receita de palha italiana que vendo pra custear as despesas que são altas.

Eu não sei dizer quando começou exatamente essa coisa da proteção animal.  Eu não sei onde isso vai dar. Eu só sei que deles, os animais, só tenho recebido: lambidas, olhares gratos, amor, novos amigos, proteção, cura.

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