Pizza

Pizza! Não panquecas, PIZZA! Basca, portuguesa,calabreza, mexicana, califórnia... e ainda dizem que ela é italiana... TODAS engordantes! Não interessa a etnia. Pizza integra o bordão do "é impossível comer uma só"! A cada pedaço os lipídios se jogam para as cinturas, batendo palmas! Só faltam gritar: - " É pra lá que eu vou! É lá que eu fico!" A patroa aqui em casa não resiste à minha pizza.Ela diz que é o sabor, a aparência convidativa...e lá se vai mais um pedaço. Eu avisei que a cintura vai engrossar. ELA retruca com um muchocho  e diz que é a ansiedade, que é a tese, que é a tensão, a preocupação...e come! Semana passada fiz para ela e as colegas. Elas também comem sim, e ali tinha gente sem tese. Eu tenho uma hipótese: professoras(es) enlouquecem no segundo semestre....por isso comem! Dias atrás uma delas estacionou em frente ao banco. Apertava o alarme do carro em direção à porta da CEF insistentemente. Só foi perceber quando um cliente gritou do outro lado: "- alarme de carro não abre cofre de banco!" Outra pegou uma carona para ir até o HSBC antes de chegar na faculdade. No trajeto aproveitou para fazer uma massagem no pé dolorido. Em frente à agência calçou novamente o sapato e desceu, correndo. Pegou a senha e sentou para esperar a vez. Distraída, desceu os olhos para os pés num sapatinho Mary Jane e lá estava - um pé com meia e outro sem. Ela se escondeu atrás do óculos escuros e tentou manter a pose sem olhar para os lados, rezando para não encontrar nenhum conhecido. A terceira perdeu os óculos de leitura aqui em casa enquanto comia a pizza. Colocou todas em polvorosa porque sem eles, nada lia. Depois de muita agitação - procurei até dentro da geladeira para ver se uma desavisada não tinha deixado por lá -ela gritou do banheiro que havia achado. Em frente ao espelho, viu os óculos no alto da cabeça como se fosse uma tiara. E continuo fazendo pizzas para que, ao menos, fiquem mais calmas. Comam professoras, comam!