terça-feira, 22 de junho de 2010

Viva São João!

São João é aquele tipo de festa que a gente fica sem saber por onde começar. É pelo licor de jenipapo ou de maracujá? Mas tem aquele de jabuticaba que é imperdível. E o da amiga mineira, de pequi, feito em casa de um ano pro outro. Hummmm, vocês nem imaginam a delícia que é. As irmãs clarices do convento Santa Clara do Desterro (em Salvador) fazem de pétalas de rosas retiradas do jardim do convento. Sou fã do de chocolate feito por dona Creuza, da Franz Gideon (em Jequié). De gole em gole a gente descobre que São João no Nordeste é festa de dar gosto a todos os sentidos. Forró, xote, baião. Pra dançar até amanhecer, namorar, se aquecer. Canjica, mungunzá, bolo de milho, aipim, amendoim. Pé de moleque, gente. Paçoca. Sequilhos vários. Fogueira, quadrilha. Arraial, bandeirola. "Enquanto a espiga de milho não assa"... tem caipira e casamento na roça. No Maranhão, o auto de Catirina e Pai Francisco – casal de escravos. Ela, grávida, sente súbito desejo de comer a língua do boi reprodutor da fazenda. Ele mata o boi pra satisfazer o desejo da mulher. Ao perceber a fúria do fazendeiro, Francisco recorre aos índios para ressuscitar o animal. O pajé consegue o que parecia impossível: devolver a vida ao boi. É então que todos participam de uma grande festa. São João no Maranhão é com bumba meu boi. Em Caruaru, o trem do forró. Nas cidades supostamente "avançadas" no interior da Bahia o forte é a tal da festa de camisa, com muito axé music e um tipo de "forró" que não convence muito os amantes do rei do baião. Ele, mestre Gonzagão, de Exu, no interior do Recife, maçon, fincou lugar eterno nos nossos corações. Feliz de nós que temos Gil com sua "Fé na festa", turnê que teve início semana passada em Arcoverde, a terra dos meninos do Cordel do Fogo Encantado, banda que deixou saudades... Targino Gondim pra gente ficar "esperando na janela". A doçura de Dominguinhos mesmo sem Guadalupe... vai dizer que alguém toca sanfona melhor que Dominguinhos? Ah, não toca não. Elba, Zé, Alceu, Geraldo Azevedo.Um salve a todos os trios nordestinos, com seus músicos anônimos e espetaculares, capazes de levantar poeira e amarrar corações a noite inteira. Onde tiver sanfona, zabumba, triângulo, sete cordas e pandeiro, onde for original e espontâneo, eu quero estar nesse São João.

2 Comentários:

Anonymous Rosana disse...

Taí, queo um de rosas! Guarda pra mim!

22.6.10  
Blogger Denis disse...

Show Tassita. Você pode num acreditar, mas tô arrepiada! Dos meus Sãos Joãos no quintal da casa em Santos que o meu irmão organizava, e lá, no meião da urbanidade, tinha muito de parte disso, com direito a trio de forró e quadrilha dançada sem ensaio. Dos meus Sãos Joãos em Cachoeira. Dos de antigamente. E até tive a sorte de ter um São João em Caruaru do Trem do Forró, dos Bacamarteiros e das Bandas de Pífaros! O Brasil tinha que viver esse pedaço de Brasil!

22.6.10  

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