923 - Memórias do jornalismo
Em maio de 1986, a revista VEJA, então sob a batuta de José Roberto Guzzo e Elio Gaspari, já denunciava a extensão do poder dos senadores e da família Sarney na festa com os cargos no Senado.
A revista descobrira que em 14 de janeiro do ano anterior (1985), o então presidente do Senado, Moacyr Dalla , PDS-ES, resolveu "agradar" os colegas e criou 60 vagas para a casa, sem concurso.
Nessa leva, às vésperas da indicação de Tancredo Neves para a presidência, as vagas foram preenchidas fisiologicamente ( ou genealogicamente) pelos parentes e protegidos dos amigos do senador. Entre eles, Roseana Sarney que era assessora com contrato temporário, e atuava junto ao pai desde 1980.
Só ela? Não, claro que não! Uma pesquisa sobre a árvore genealógica da política brasileira vai às raias do Brasil colônia. Todos os contratados foram efetivados com uma média salarial, na época, de 25.000 cruzados. Já o salário mínimo do período, variava entre 600 e 800 cruzados.
É só refrescar a memória nos arquivos digitais da revista.
Marcadores: Rosana Zucolo
3 Comentários:
Rosana, o estranho é a imprensa grandona, como dizem por aí, nunca ter trabalhado como atualmente,embora, desde sempre, soubesse quem era José Sarney e família.
E os seus pares, esses mesmos que gritam e esbravejam contra ele, onde estavam?
E quero mais é que Zé Sarney e sua turma semandem da vida pública e levem consigo os demagogos que há 32 anos estão por lá...
Sonia
Os ciclos no jornalismo brasileiro são definidos pela política, Sônia. Sempre alguém escreveu,denunciou, mas a espetacularização da coisa é parte da vida moderna...enfim!
bj
é samba!
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial