sexta-feira, 17 de julho de 2009

Influenza...influência!

Final da tarde de sexta, frio de 7° e sensação térmica de mais frio ainda, por conta do vento. Saio da faculdade, lotérica, locadora, farmácia, o supermercado lotado me fez dar meia-volta ao ver o tamanho da fila, retorno ao trânsito infernal.
De março para cá, a frota de carros nessa cidade que cresceu sem planejamento, aumentou em 47%.
Enquanto dirijo de volta para casa (são 12 km do centro) penso no filho com dor de garganta e nos espirros em tempos de Influenza. Epidemia na cidade, escolas começam a decretar recesso. O pronto socorro do HUSM(hospital universitário) fechou para outros atendimentos que não os da gripe.
Hoje anunciaram mais duas mortes. A de um funcionário do próprio hospital e de um homem jovem, 32, que trabalhava como segurança.
É o fato da hora que começa a gerar a mudança no código do gaúcho. Tem gente evitando aproximar-se uns dos outros, abraço e beijo nem pensar por conta do risco de contaminação. Máscaras ainda não estão sendo usadas, mas aposto ser uma questão de tempo.
E em meio a esses pensamentos me vejo atrás de um carro da brigada. Fila indiana e rodamos kms assim. E vejo o que me pareceu ser uma arma na janela do carona do carro deles.
o pode!! Impossível! Impensável! O carro reduziu a velocidade e o meu aproximou. Pude ver que o brigadiano estava com a janela aberta e empunhava o cacetete - aquele mesmo que o governo importou dos EUA e é usado para dispersar multidões- pelo lado de fora. Ele o girava , displicentemente, pela janela, como que brincando. Uma arma. Não letal, mas uma arma!
Me surpreendi pasma, porque imaginava que em trabalho, a postura deveria ser outra. A distração e displicência não condiz com a imagem do guarda em serviço.
Sei lá o que pensei. Sei lá o que imaginei. Sei que não gostei, como não costumo gostar de armas ou gentes armadas.
Ninguém ousava aproximar-se do carro pela direita na rota de duas pistas. Os segui por uns 5 km quando dobraram na direção da Universidade. Segui meu rumo um tanto aliviada pelo distanciamento.
O braço continou rodando o cacetete.

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3 Comentários:

Blogger D disse...

Ô Pró, vai desculpando, mas houve um tempo em que gaúcho se aproximava dos outros? Já foi de abraço e beijo é? Mas viu que as máscaras já estão no aero de POA ... Se cuida heim?

18.7.09  
Anonymous Rosana disse...

Ô Divina, gaúcho é grosso, mas é afetivo...do jeito dele!
Aqui a gente abraça e beija sim. Ao menos os meus amigos e amigos agem assim... O problema agora é a paranóia do chimarrão. Ninguém mais quer dividir a cuia não!!! Modelito uruguaio - cada um com a sua!!!

19.7.09  
Blogger tássia disse...

Contra a influenza, chá de alho, diz o meu médico. Ao acordar e ao deitar. Aliás, afasta tudo. Até quem vc quer que fique por perto.
E contra os brigadianos, a indiferença. Eles morrem quando tratados com indiferença.


P.s.: Quino é gênio

19.7.09  

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