ROSANA ZUCOLO
Em 1966, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de suínos distribuídos por um milhão de granjas. Actualmente, 65 milhões de porcos concentram-se em 65.000 instalações. Isso significou passar das antigas pocilgas aos ciclópicos infernos fecais de hoje, nos quais, entre o esterco e sob um calor sufocante, prontos para intercambiar agente patogénicos à velocidade do raio, se amontoam dezenas de milhões de animais com mais do que debilitados sistemas imunitários. (...) A comissão alertou também para o facto de que o uso promíscuo de antibióticos nas factorias porcinas – mais barato que em ambientes humanos – estava proporcionando o auge de infecções estafilocóquicas resistentes, ao mesmo tempo que as descargas residuais geravam manifestações de escherichia coli e de pfiesteria (o protozoário que matou milhares de peixes nos estuários da Carolina do Norte e contagiou dezenas de pescadores).
Em 1965, por exemplo, havia 53 milhões de porcos em mais de 1 milhão de fazendas; hoje, 65 milhões de porcos estão concentrados em 65 mil instalações. Foi a transição dos antiquados redis de porcos para vastos infernos de excrementos, contendo dezenas de milhares de animais com sistemas imunitários enfraquecidos, sufocando de calor e estrume enquanto trocavam patogéneos a uma rapidez cega com os colegas do lado. (...) A comissão também advertiu que o uso promíscuo de antibióticos nas suiniculturas (mais barato que em ambientes humanos) estava a incentivar o crescimento de infecções de estafilococos resistentes, ao mesmo tempo que os derramamentos de esgotos produziam erupções de E coli e de pfiesteria (o protozoário que matou mil milhões de peixes nos estuários da Carolina e infectou dezenas de pescadores).
Quando li os dois textos praticamente iguais, me apanhei nos limites da intertextualidade e na nossa tão famigerada ( e esfolada) discussão sobre autoria. Até esse momento, Saramago em seu post não fez nenhuma alusão no seu texto ao do Davis que tudo indica ser o autor do texto-base e está a inspirar reflexões que se prolongam em outros textos, no mesmo texto, no texto mesmo...há de se pensar, a pensar!
Vale conferir, mesmo porque o texto é bem apurado e escrito do ponto de vista do jornalismo.
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3 Comentários:
Amélia, acho que me passei nas fontes, mas minha linda, releve, pq tá sobrando pouco de mim hoje.bj
eita!
deu nó na minha cabeça: quem copiou de quem???
Geinte! E agora?... Quem é quem? Já pensou Saramago acusado de plágio?
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