quarta-feira, 29 de abril de 2009

ROSANA ZUCOLO

Em 1966, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de suínos distribuídos por um milhão de granjas. Actualmente, 65 milhões de porcos concentram-se em 65.000 instalações. Isso significou passar das antigas pocilgas aos ciclópicos infernos fecais de hoje, nos quais, entre o esterco e sob um calor sufocante, prontos para intercambiar agente patogénicos à velocidade do raio, se amontoam dezenas de milhões de animais com mais do que debilitados sistemas imunitários. (...) A comissão alertou também para o facto de que o uso promíscuo de antibióticos nas factorias porcinas – mais barato que em ambientes humanos – estava proporcionando o auge de infecções estafilocóquicas resistentes, ao mesmo tempo que as descargas residuais geravam manifestações de escherichia coli e de pfiesteria (o protozoário que matou milhares de peixes nos estuários da Carolina do Norte e contagiou dezenas de pescadores).
Em 1965, por exemplo, havia 53 milhões de porcos em mais de 1 milhão de fazendas; hoje, 65 milhões de porcos estão concentrados em 65 mil instalações. Foi a transição dos antiquados redis de porcos para vastos infernos de excrementos, contendo dezenas de milhares de animais com sistemas imunitários enfraquecidos, sufocando de calor e estrume enquanto trocavam patogéneos a uma rapidez cega com os colegas do lado. (...) A comissão também advertiu que o uso promíscuo de antibióticos nas suiniculturas (mais barato que em ambientes humanos) estava a incentivar o crescimento de infecções de estafilococos resistentes, ao mesmo tempo que os derramamentos de esgotos produziam erupções de E coli e de pfiesteria (o protozoário que matou mil milhões de peixes nos estuários da Carolina e infectou dezenas de pescadores).
(Mike Davis -27/04 - The Guardian e 28/04 traduzido aqui)
Quando li os dois textos praticamente iguais, me apanhei nos limites da intertextualidade e na nossa tão famigerada ( e esfolada) discussão sobre autoria. Até esse momento, Saramago em seu post não fez nenhuma alusão no seu texto ao do Davis que tudo indica ser o autor do texto-base e está a inspirar reflexões que se prolongam em outros textos, no mesmo texto, no texto mesmo...há de se pensar, a pensar!
Vale conferir, mesmo porque o texto é bem apurado e escrito do ponto de vista do jornalismo.

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3 Comentários:

Anonymous Rosana disse...

Amélia, acho que me passei nas fontes, mas minha linda, releve, pq tá sobrando pouco de mim hoje.bj

29.4.09  
Blogger tássia disse...

eita!
deu nó na minha cabeça: quem copiou de quem???

30.4.09  
Blogger Denis disse...

Geinte! E agora?... Quem é quem? Já pensou Saramago acusado de plágio?

1.5.09  

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