A violência bate à porta. Que fazer?
No cinema
Sete pessoas foram assaltadas enquanto assistiam filme no Salvador Shopping. Foi assim: a vítima tava sentada na poltrona sozinha. Após 15 minutos que o filme tinha começado, a pessoa sentada ao lado (o bandido) colocou a arma na cintura da vítima e declarou assalto (sussurrando). Com a arma na cintura, a vítima discretamente foi conduzida até o caixa eletrônico dentro do próprio shopping. Ninguém viu, ninguém notou. Os bandidos agiram simultaneamente em quatro salas. Ao prestar queixa, inicialmente na administração do shopping, uma das vítimas descobriu não ser o único. Foi assim que as vítimas se juntaram para entrar com uma ação contra o shopping. O caso, claro, foi abafado. Não saiu na tv nem no jornal. Fonte: advogado de quatro das sete vítimas.
Em casa
Faz pouco mais de 15 dias. Minha vizinha foi assaltada quando chegava em casa por volta das 5h30 da manhã. Dois homens armados, que vinham a pé pela rua, anunciaram assalto assim que ela desceu do carro. O pobre do vigilante soltou um grito na tentativa de afugentar os bandidos e quase leva um tiro. Por sorte, a mira não foi boa. A bala ficou cravada numa parede. Eles levaram o carro da minha vizinha, um corsa branco, quatro portas, ano 2007. Fonte: acordei com o barulho do tiro. Achei que era sonho, voltei a dormir. Só soube no dia seguinte.
Na rua
Meu cunhado foi assaltado no último domingo quando voltava a pé para casa, em Stella Maris. Um carro se aproximou, o carona abaixou o vidro e apontou a arma. Levaram a carteira (sem dinheiro) e o celular. Fonte: ele ligou pra avisar.
No trânsito
Uma mãe com dois filhos pequenos no carro - um de sete, outro de cinco - foi assaltada há três dias, por volta das 18h30 num engarrafamento na avenida ACM. As crianças estavam no banco de trás, quando o menor puxou a bolsa da mãe, que estava debaixo do banco por motivo de segurança, para pegar uma caneta. Um homem armado que vinha na garupa de uma moto, ao ver a criança de cinco anos com a bolsa na mão não pensou duas vezes: quebrou o vidro do carro e levou a bolsa. Fonte: um amigo da vítima.
Na praia
Três barracas de praia em Stella Maris (atrás do hotel) foram saqueadas semana passada. Os bandidos aproveitaram que as barracas estavam fechadas por causa da forte chuva que atingiu Salvador. Levaram freezeres, cadeiras, fogão, aparelho de som, cadeiras e até grades de cerveja. A festa depois deve ter sido das boas. Fonte: frequento o local.
Que fazer? Assim Saramago encerra o post "Raposa do Sol". Compartilho com ele, o grande, tal incognita. Fico sem saber o que responder, como agir, o que sugerir. De certo, continuo repudiando algumas saídas inúteis realizadas por nossos governantes.
"Cá para baixo, na Cidade Maravilhosa, a do samba e do carnaval, a situação não está melhor. A ideia, agora, é rodear as favelas com um muro de cimento armado de três metros de altura. Tivemos o muro de Berlim, temos os muros da Palestina, agora os do Rio. Entretanto, o crime organizado campeia por toda a parte, as cumplicidades verticais e horizontais penetram nos aparelhos de Estado e na sociedade em geral. A corrupção parece imbatível. Que fazer?"
Marcadores: A Repórti
1 Comentários:
ôxe minina! Bora morar em Itaara?
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