NAS REDONDEZAS DO CARNAVAL
Salvador não ferve apenas nos três circuitos durante o carnaval. Irradia pela cidade toda uma certa euforia. Essa madrugada, na volta para casa (cerca de 8 quilômetros percorridos), vi as seguintes cenas: ;
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- Um filho de Gandhy, de uns 50 anos, peregrinando a passos sofridos no breu da ladeira do Funil.
Chegou a apoiar as duas palmas da mão nos joelhos, curvando o tronco sobre as pernas, em nídio sinal de esgotamento.
Talvez um infarto.
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- Um homem, também na meia idade, fantasiado com uma sunga felpuda branca e asa de anjo. Meiões brancos até os joelhos.
Completamente travado cambaleando em passos falsos que ocilavam ora no asfalto ora no meio-fio.
Que Deus o tenha guiado...
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- Um gol branco virado na pista. Vidro em pedacinhos no chão. Quatro pessoas em pé. Uma viatura da SET. Um garoto mulato, uns nove anos, com a boca escancarada chorando em pânico sentado no meio fio ao lado de uma mulher parruda, morena clara, com a perna esquerda completamente ensanguentada.
Mãos tremulas no joelho para aparar o sangue.
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Marcadores: A Repórti
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