MÃE BRANCA

Toda semana eu conheço a história de uma mulher incrível. Nem me perguntem como essas mulheres aparecem na minha vida e na frente da minha câmera, mas o fato é que elas são sempre especiais. O quadro se chama Essa História Vale a Pena Ver e é gravado como um mini-documentário, em beta e mini-dv. Na semana passada contei a história da Irmã Dolores, um freira paraguaia que vive há 50 anos na clausura aqui no Brasil. Essa semana quis fazer algo bem diferente e fui parar num terrieo de Candomblé. Não conhecia nada do culto e sempre achei que tinha algo com macumba ou magia negra.Mas me disseram maravilhas da mulher: que era muito caridosa, trabalhadora, especial...E lá fui eu. Já preparada pra uns batuques. E teve batuque. Batuque pra preto velho e pros santos. Todos os santos da minha formação católica, só que com nomes diferentes. Falamos de fé e de ser mulher. Falamos por exemplo da vaidade. Contei a ela que tinha entrevistado uma freira que me dissera o seguinte sobre vaidade: "Há minha, filha, Deus me ama de qualquer jeito, alías, quanto mais feias nós somos mais ele gosta de nós." Pois Mãe Marlene, bela e maquiada, vestida de branco e dourado me respondeu assim: " Se os santos são tão bonitos, se Deus era tão bonito, por que eu vou ser feia?". E fiquei encantada com a filosofia de vida desse povo. Encantada com a força dela. Filha de um italiano com uma portuguesa, branca de pele e negra de alma e de cultura. Mãe de 9 filhos de barriga e de 70 de coração(e de papel). A cada semana aprendo coisas novas. E cresço. Profissionalmente e pessoalmente. Quem quiser conhecer um pouco dessas mulheres pode entrar no www.alterosa.com.br/feminina , no link Essa História Vale a Pena ver. Mãe Marlene ainda não está lá. Só na semana que vem.