HOJE 42º
Nunca consegui comer caranguejo. Além de achar uma barbárie, considero ainda mais cruel a forma de preparo. Primeiro ferve a água e joga ali o bicho vivo. Depois se atira de martelinho em punho, a separar as partes. E o processo de chupar as patas do dito cujo? Definitivamente, esta é uma das poucas coisas baianas que dispenso.
Mas a alusão aí é só para dizer que aqui, os caranguejos somos nós.
Estamos cozinhando em fogo lento.
Hoje fez 42º.
Até celular deu pane!
Rosana Zucolo
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4 Comentários:
Amélia,
Posta o texto abaixo pra mim? A maluca aqui tá na TV sem o e-mail pra postar. Muuuito obrigada!
Nina
Milagre de Natal contado em pleno janeiro
A grana estava curta. Mas o menino tinha feito o pedido. Não pra ela, mas para o Papai Noel. A mãe do menino lhe contara: ele rezava todos os dias e pedia pelo cachorrinho. Pelo filhote, como ele dizia.
Ela achou que era justo compra-lhe o bichinho. E em pleno 23 de dezembro fez milhões de ligações até achar o presente. Tinha que ser pequeno, e lindo. Que nem o afilhado. Mas não podia ser caro.
Encarou ônibus, atravessou a cidade, negociou e voltou com o cãozinho marrom pra casa.
Como ainda era 23 e Papai Noel só aparece na noite do 24 o bicho ficou no quartinho dos fundos. Escondido. Esperando a grande noite.
O menino chega de viagem. E como se soubesse da presença dele o cachorro late alegre. Os olhos do menino brilham:
- Tem filhotes aqui?
A madrinha desconversa:
- Hã? Tem o que?
- Filhotes! Eu ouvi um latido!!!
- Não...não tô ouvindo latido não.
E decidida a entrar na fantasia do menino completa:
- Tô ouvindo é um barulhinho de trenó. Você não?
E o destino (ou Deus ou o Papai Noel - quem é que sabe ao certo?) resolve mandar uma brisa que balança o mensageiro do vento no quintal.
E o menino fica maravilhado:
- Tô sim, madrinha! Tô ouvindo o trenó sim!!!
E corre em direção ao som.
E mais uma vez o acaso(se é que ele existe) tinha feito com que levassem a árvore de Natal para o quintal. Ela precisava de uma limpeza. Enfeites e bolinhas estavam no chão. Em frente à porta do caõzinho.
O menino não precisa de mais nada para ter certeza:
- Madrinha, o Papai Noel esteve mesmo aqui! Olha!!!
Mas menino de hoje, mesmo aqueles que acreditam em Papai Noel, não é nada bobo. No instante sequinte ele lança a dúvida:
- Mas, espera aí...por que ele veio mais cedo?
A madrinha, em pânico, arregala os olhos e vasculha o pensamento em busca de uma justificativa.
Mas é o menino que se lembra dela:
- Já, sei, madrinha. É que esse ano eu fui muuuuito bom!
A história aconteceu com uma amiga de trabalho. Como adoro cães eu a ajudei a encontrar o poodle toy para o afilhado adorado. E ela veio me contar o final. Ela explica que nem todo dinheiro do mundo valeria a carinha de alegria da criança ao abraçar o cachorrinho.
E eu fico pensando que a gente precisa acreditar mais na vida. Que nem o menino. E mais: precisamos acreditar que merecemos tudo de bom que ela tem. Porque fomos bons. Porque somos bons.
CREEEEEEEEEDOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!! 42 GRAUSSSSSSSSSSSSS
Ô loco!... 42 cravados? Barbaridade, tchê!
Olha, com relação ao caranguejo, não precisa jogar os bichinhos vivos na água fervendo não, viu? Crueldade! A gente fica ouvindo as patinhas deles arranhando a panela. Tadinhos!
A gente pode matá-los a facadas no peito (craaassshhh)e cozinhá-los já mortos. Crusível, ele pega mais o sabor dos temperos, porque entra uma aguinha pelo orifício feito pelo objeto perfurante. Fica uma delícia!
Quando tu vieres aqui vou te ensinar a apreciar a iguaria.
Conheces a história da baiana que passou 15 dias no Rio de Janeiro e, quando voltou e viu um caranguejo, falou com o maior sotaque cariocão: "Que bicho é esse?... Morde ou belisca?..."
Bjos,
Ari
Cravados Ari! O termometrô da praça central pirou e marcava 47° ao meio-dia. A sensação térmica deveria ser mesmo esta.
Quanto aos bichinhos...comer carangueijo...bicho cheio das parinhas...acho que não, obrigada!
bj
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